É por isso...

Desse tempo venho eu. E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo". (Eduardo Galeano)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Eis a caixa!

Estava, quebrada, suja, abandonada na caçamba, mas merecia um trato. 
Eis a caixa!


Tampa com revestimento de tecido aplicado com cola branca e acabamento de passamanaria.

Não são apenas "CAIXINHAS"



Meu pai, extremamente organizado em se tratando de sua oficina - "para cada serviço use a ferramenta adequada, faca de cozinha não é chave de fenda", recomendava sempre - separava todos os itens e guardava em latas, vidros e caixinhas. Estas, ele mesmo confeccionava com sobras de madeira. Rústicas, com várias imperfeições de superfície, mas sólidas.

Ao desmontar a oficina, doei muita coisa, porém ao ver aquelas caixinhas, sujas de pó e graxa de uma vida, mas montadas perfeitamente com todos os ângulos retos, senti o capricho de seu Walter naquelas peças e decidi fazer delas, em sua homenagem, pequenas obras de arte, dentro da minha parca capacidade.


Lavei-as com sabão e escova - resistiram, são de madeira maciça; preenchi as irregularidades da superfície com massa corrida, tratei com cola branca para fixar a massa e deixei rolar a imaginação para deixá-las como estão, usando apenas materiais disponíveis nas minhas sucatas, obedecendo a lição aprendida: "Nunca desperdiçar nada".