Domingo saiu na Revista da Folha um artigo da Vanessa Barbara, intitulado "As melhores caçambas da cidade", onde ela conta o que eu já sabia, elas estão, é claro, na região dos jardins. No artigo ela não menciona a Alameda Jaú, excelente garimpo, de onde ainda conservo algumas peças.
Não tão nobres, nem tão chiques, as caçambas dos bairros também têm o quê se aproveitar. Às vezes basta uma limpeza, outras alguns reparos, o que faz da peça recuperada um prazer maior.
Das últimas garimpagens, me restam 4 peças. Um rack de cerejeira maciça com rodinhas já substituídas, em fase de acabamento, o cavalete de pintor que sei, tem muita história pra contar. Ele que suportou durante anos, lindas obras de arte, estava mal tratado, sujo, desmontado, jogado no meio fio. A caixa e a casinha - prontas para serem adotadas.
A caixa, com seu interior subdividido e revestido de camurça é ideal para guardar bijuterias. Depois de lavar e lixar, troquei as dobradiças quebradas, pintei e para rematar colei na tampa um quebra cabeça que comprei e montei especialmente pra ela. Fugi à regra de só usar materiais reciclados, mas queria dar um toque especial nessa peça e confesso: já estava com saudades de montar um quebra cabeça, um dos meus hobbies. Esse de 500 mini peças com a paisagem da Capadócia.