É por isso...

Desse tempo venho eu. E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo". (Eduardo Galeano)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

QUANDO O SUPORTE É A ARTE


Crisântemos sobre fundo azul - Adelaide Azevedo

Sabe aquelas gravuras lindas que você ganhou da sua avó há mais de 30 anos, comprou na feirinha da Praça da República ou quando visitou o Louvre e nunca soube o que fazer com elas?

E aqueles retalhos de madeira ou MDF que sobraram quando fez a instalação dos armários?

Ah, também tem aqueles fundos de gavetas dos móveis velhos (sem cupim é claro!), certinhos, bem enquadradinhos, que dá dó de jogar fora? Também são encontrados em caçambas de prédios em fase de acabamento. Aliás, nelas uma mina de matéria prima para a criatividade.

Então, junte u útil ao agradável e mãos à obra!

É só enquadrar a gravura e colar com cola branca. Passe pouca cola e espalhe com pincel para ficar homogêneo. Com cuidado pressione com um pano seco para tirar eventuais bolhas de ar. Com uma espátula aplique massa corrida em toda volta, delimitando o espaço com uma ripa de madeira.

Faça uma textura de sua preferência, alise a massa das laterais com o dedo, deixe secar e pinte com tinta latex ou passe cola branca sobre a massa para fixar e diminuir a porosidade.

Se tiver os materiais e quiser fazer algo mais, de umas pinceladas de tinta dourada sobre a moldura e envernize a gravura.

Ou faça como fiz neste outro quadro:  uma moldura irregular e sem  textura.

 

Barcos Angra dos Reis - Orlando Chiossi


ARCA DA SAUDADE (OU NÃO)


Uma caixa de madeira, MDF, papelão bem firme. Dê um bom trato com sua técnica preferida.

Adicione fotos dos antepassados ou filhos, netos....

Coloque alças que realcem e um cadeado para envolver em mistério.

Está pronta a sua arca de fotos personalizada e decorativa.

Essa eu faço sob encomenda.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MOSAICO NO CARRETEL - EIS A MESA!

Minha grande amiga Patrícia, a salvadora dos micros desamparados, gostou tanto de uma mesinha que lhe dei, que pediu para que compartilhasse aqui as técnicas de confecção da mesma.




 Você vai precisar de:

- 1 carretel de papelão, desses de fios de TV a cabo;
- cola branca;
- sobras de azulejos;
- tintas;
- massa corrida;
- 200 g de cimento;
- retalho de feltro ou forração do tamanho da base;
- luvas, pincéis, tesoura, espátula pequena, lixa fina, vasilha para preparar o cimento, trapos, forro para o local de trabalho.

Prepare o carretel tapando as pequenas perfurações com aplicação de massa corrida que depois de seca deverá ser lixada,.

Escolha o lado que ficará para cima e prepare a superfície usando massa corrida ou se não tiver, coloque camadas de jornal e cola para nivelar com a saliência do tubo central.

Planeje o mosaico que deseja fazer. Vai usar cacos de azulejo ou lajota e cola branca. Observe que os cacos devem ser da mesma espessura.

No caso desta mesinha, colei o azulejo inteiro no centro, fiz a borda externa e o contorno do azulejo central e depois preenchi o espaço restante adaptando as peças.

Deixe secar bem.

Misture o cimento comum com água até obter a consistência de um mingau. Use uma vasilha pequena, (fundo de uma garrafa pet por exemplo). Manipular o cimento bem devagar, trabalhe onde não haja vento e não aspire.

Com uma espátula espalhe essa mistura sobre o mosaico fazendo com que preencha bem os vãos entre os cacos. Não se preocupe, pois não fixará sobre os cacos. Espalhe também na borda do carretel, alisando de modo a dar o acabamento.

Espere 5 minutos e com um trapo seco, limpe delicadamente a superfície, deixando os cacos livres do cimento. Deixe secar à sombra dois ou três dias.

Agora é só escolher uma sobra de tinta e pintar o carretel.

Na base cole um retalho de feltro ou forração com cola quente.Sua mesa está pronta e não vai riscar o chão.

Neste modelo usei a técnica da marmorização, mas aí já é outra história...

FAÇA SUA MESINHA E MANDE A FOTO PARA ESTE BLOG COM SEUS COMENTÁRIOS 


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Garimpando na praia

A praia: Indaiá, Bertioga, SP. Geralmente suja com materiais orgânicos trazidos pela maré e oriundos dos rios que cortam a região. Boa para caminhar, andar de bicicleta, fazer exercícios, tomar sol e... recolher conchas! Ali em especial amontoam-se aquelas conchas cor de rosa, delicadas, verdadeira turbinada na imaginação.


É preciso manipular com cuidado e lavar bem as mãos, conchas podem estar contaminadas e provocar graves infecções no aparelho digestivo.  Costumo lavar as conchas assim que chego a casa, com sabão e água sanitária e deixo secar bem ao sol para só então guardar. Aí, é só deixar a imaginação rolar, combinando-as com aquelas tralhas que você já guardou e não sabia pra que serviriam.


Neste trabalho preparei a tela com uma base de massa corrida texturizada a dedo e pintada com tinta látex. Para dar a forma inicial circular da mandala, como guia, revesti um CD com camadas de papel e cola branca, deixei secar bem e colei na tela com cola branca. Colei as conchas a partir do centro, com silicone de vedação (ganho as sobras, de um parente). É prático, pois como o silicone é encorpado, segura as conchas na posição em que são colocadas, por outro lado, é plástico, facilita o ajuste das peças durante o trabalho. Depois de bem seco, envernizei as conchas para conservá-las e dar vida às cores. Dependendo do tamanho do trabalho, esmalte de unha incolor é melhor do que verniz.

OLHOS ATENTOS NO LIXO DOS VIZINHOS!

Um objeto assim


Depois de um trato


Pode ficar ASSIM


domingo, 22 de janeiro de 2012

JUSTIFICATIVA

Como professora de Educação Artística e Coordenadora de Oficinas Pedagógicas e de Artes, entendo a arte como uma inesgotável fonte de realização pessoal, de terapia ocupacional, além de poder vir a tornar-se uma atividade produtiva que possibilite remuneração extra.

Dedico-me à confecção de trabalhos a partir de materiais reciclados. Neste espaço pretendo expor fotos desses  trabalhos, dar dicas, sugestões e trocar idéias com quem se dispuser a fazê-lo.


Um vinil danificado ou abandonado num cantinho do rack, pode tornar-se um objeto de decoração...


E, se colocarmos uma moldura, recolhida do lixo de um artista plástico famoso e reformada com aquelas massas e tintas que sobraram da última reforma, fica assim: